Críticas de Filmes

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terça-feira, 23 de abril de 2013

Crítica do Filme: Infância Clandestina (2012)*** (Bom Filme)

Direção: Benjamín Avila
Gênero: Drama
Elenco: Téo Gutierrez Romero, César Troncoso, Natalia Oreiro, Ernesto Alterio.
Sinopse:
Argentina, 1979. Da mesma forma que seu pai (César Troncoso), sua mãe (Natalia Oreiro) e seu querido tio Beto (Ernesto Alterio), Juan (Teo Gutiérrez Romero) leva uma vida clandestina. Fora do berço familiar ele é conhecido por um outro nome, Ernesto, e precisa manter as aparências pelo bem da família, que luta contra a ditadura militar que governa o país. Tudo corre bem, até ele se apaixonar por Maria, uma colega de escola. Sonhando com vôos mais altos ao seu lado, ele passa por cima das rígidas regras familiares para poder ficar mais tempo com ela.

Comentário: Um dos mais importantes filmes de 2012, Infância Clandestina é uma produção Argentina (em parceria com Espanha e Brasil), que conquistou platéias pelo mundo e verdadeiramente é uma obra cativante.

O filme aborda a vida de Ernesto (em uma ótima atuação de Téo Gutierrez Romero), um jovem que vive ao lado de seus pais em uma vida clandestina enquanto esses combatem a ditadura militar na Argentina. Entre seus principais confidentes está seu tio Beto, um verdadeiro espelho e também peça chave dentro de uma família que segue rígidas regras para continuarem na clandestinidade e não correrem risco de serem descobertos pelo governo.

 O grande mérito do filme é trilhar seu caminho aos olhos do pequeno Juan (também chamado Ernesto). Seja em seus questionamentos, suas amizades, um pouco de sua rebeldia (nitidamente herdada dos pais) e também a sua primeira paixão. Além disso, o filme tem interessantes seqüências como se fossem paginas de quadrinhos. Mais um precioso método que diferencia e qualifica o trabalho de Ávila, como forma de representação da imaginação ou olhos de Juan perante o desconhecido.

Muito bem conduzido pela direção de Benjamin Ávila, a belíssima trama desenvolvida na obra nos remete imediatamente a outras obras igualmente singelas e bem realizadas – como o renomado filme brasileiro O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias (2006) que foi dirigido por Cao Hamburger ou mesmo no chileno Machuca, com direção de Andrés Wood –, mas com todos os merecimentos o filme é coberto de qualidades e atuações elogiosas.

Com toques de grande nostalgia e um enredo que apesar de toda seriedade que o cerca é transposto para as telas de forma sincera e objetiva, Infância Clandestina é mais uma obra aos “olhos de uma criança” para com um mundo ainda a ser descoberto, e que brilhantemente cumpre o seu papel apesar de algumas abordagens (ou falta delas). Outro ponto a ser exaltado é a sua ótima trilha sonora que reune tanto composições populares quanto outras construidas exclusivamente para a produção.

Infância Clandestina é um ótimo exemplar de filmes sobre a infância e que conta com muito mais acertos do que erros, na verdade minúsculos equívocos, mas que em nada atrapalha um filme doce, bem desenvolvido, e incrivelmente sensível, e que ainda possui o mérito de ser  realmente atraente para qualquer apreciador de uma grande obra cinematográfica.Trailer Aqui.

Um comentário:

  1. Uma das razões pelas quais eu como o filme Crianças subterrâneo está fazendo excelente ator César Troncoso, a quem eu estou sempre seguintes nas produções de teatro, cinema e tv em que participa.

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